Entrou o mês de junho e só estamos ouvindo falar em Rio + 20 e sustentabilidade....
Vamos pesquisar o que é isso?
"Durante dez dias, o Rio será o centro do mundo”, diz o diplomata Laudemar Aguiar, responsável pela logística da Conferência das Nações Unidas sobre o Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20. O Governo Brasileiro quer que o evento a ser realizado em junho seja a maior conferência da história das Nações Unidas, superando a Cúpula de Copenhague de 2009 em número de participantes. Aguiar prevê a presença de 150 Chefes de Estado e um total de 50.000 visitantes, incluindo diplomatas, jornalistas, empresários, políticos e ativistas ambientais.
Praticamente não há mais vagas nas 30 redes hoteleiras do Rio para as datas da Conferência. Hotéis como o Sheraton em São Conrado e o Copacabana Palace já estão com 100% de seus quartos reservados para os Chefes de Estados e suas comitivas. Estima-se que cerca de 10.000 pessoas irão acampar em tendas, mas não no Parque do Flamengo, como na Rio92, que ficou com a grama destruída. O plano inclui um acampamento com 5.000 jovens, com 2.000 camponeses e dois espaços com 800 e 1.000 nativos indígenas.
A logística da Rio+20 prevê um evento sem precedentes na história das Nações Unidas
“É necessário entender que durante dez dias o Rio de Janeiro será as Nações Unidas”, diz o Diplomata Laudemar Aguiar, de 50 anos, nascido em Niterói e responsável por toda a logística no que o Governo brasileiro quer que seja “a maior conferência na história das Nações Unidas”. Ele está trabalhando com números grandes: 150 Chefes de Estado e de Governo, 50.000 diplomatas, jornalistas, empresários, políticos e ativistas ambientais e demais pessoas com autorização para circular no Riocentro, onde a cúpula das Nações Unidas será realizada em junho. E dezenas de milhares de pessoas – um número ainda mais difícil de estimar – que participarão dos eventos marcados pela sociedade civil no Parque do Flamengo, no centro da cidade e na Barra da Tijuca. “O Rio será o centro do mundo”, comemora ele.
Mas para que essa mega-operação seja mesmo tão superlativa, não basta a vontade do Governo. O conteúdo da Conferência das Nações Unidas sobre o Desenvolvimento Sustentável (o nome formal da Rio+20) determina seu papel político e a importância dos líderes que virão. Na famosa conferência sobre o clima realizada em dezembro de 2009 em Copenhague, foram inscritas 47.000 pessoas e 120 líderes – 40 dos quais confirmaram sua presença somente dois dias antes do evento, quando o Presidente Barack Obama finalmente disse que participaria. Mas Copenhague não teve muito efeito e o evento seguinte, em Cancun, no México, sofreu com isso – foram inscritos 20.000 pessoas e somente 22 líderes mundiais.
A Rio+20 é parte de outra família de conferências das Nações Unidas, que discutem como o planeta quer se desenvolver, iniciadas 20 anos atrás com a Rio92 e que tiveram outra edição de peso em Johanesburgo, na África do Sul, dez anos atrás. Será um importante debate sobre o desenvolvimento econômico com seu alcance econômico, ambiental e social, com um fundo de redução da pobreza e “economia verde”, um conceito que pressupõe o uso de tecnologias limpas. Mas não produzirá qualquer convenção, como na conferência original, na qual dois importantes acordos ambientais da atualidade foram assinados: a convenção do clima e a convenção da biodiversidade.
Para a Rio92 estiveram presentes 109 líderes e mais de 30.000 pessoas visitaram o evento oficial, que também foi realizado no Riocentro. O conteúdo da Rio+20 é muito mais modesto e começa a ser debatido este mês em Nova York. O nível de ambição que será obtido em junho no Rio de Janeiro depende das negociações até lá, da direção da campanha eleitoral dos Estados Unidos e da crise econômica global.
O trabalho de Laudemar Aguiar não pode esperar. “Em 5 de junho entregaremos as chaves do Riocentro para as Nações Unidas. A bandeira será içada e ele se torna território da ONU. O Rio se torna Nova York”, diz eles, referindo-se à sede das Nações Unidas.
O desafio desse diplomata, que foi Ministro Conselheiro da Embaixada Brasileira em Paris até receber o convite para ser o responsável pela logística da Rio+20, está organizando a festa sem saber quanto convidados virão – e mesmo se eles virão. “Trabalhamos com estimativas históricas, mas sempre com espaço para crescimento”, conta. “O que não pode acontecer é se preparar para receber dez e chegarem 20”.
O orçamento aprovado pelo Congresso para a conferência em 15 de dezembro é de R$ 430 milhões. Deles, R$ 230 milhões vão para a segurança e R$ 190 milhões para a logística. O aluguel de espaço acrescenta R$ 30 milhões. “Tudo será transparente, e todas as despesas serão comprovadas”, disse Aguiar, Secretário Geral da Organização Nacional da Rio+20. “Há uma tremenda interação”, garante, citando o trabalho em conjunto com a Prefeitura e o Governo Estadual do Rio.
Um dos marcos desejados pela Rio+20 é ser uma conferência com “o máximo possível de participação da sociedade civil”, diz Aguiar, repetindo o mantra que foi dito pelo governo. “Discutiremos o que será do planeta.” O documento elaborado na Rio+20 será aprovado entre governos, mas queremos ter o máximo de sugestões e informações de todos os setores da sociedade”.
O desafio de logística é fazer dos deslocamentos pelo Rio de Janeiro o melhor possível – vários planos de fluxo de tráfico foram analisados – reduzindo a distância entre o Riocentro, na Barra da Tijuca, com o resto da cidade. Por isso, inicialmente, a conferência seria na área do porto. Tudo – o evento oficial e todos os paralelos – se concentrariam nessa região. A iniciativa precisaria de um grande trabalho de revitalização da área, um legado para a cidade. As docas eram, portanto, a escolha da Prefeitura, mas isso não deu certo. “Por muitas razões, logística, segurança, infraestrutura e também os custos”, explica Aguiar. Mas a mudança para o Riocentro, na minha opinião, nos fez trocar dez problemas por um: o grande problema da Barra é o acesso. Vamos fazer um grande trabalho voltado ao transporte”, promete ele.
Uma grande diferença entre a Rio+20 e a Rio92 é a prioridade que os assim chamados “major groups” agora possuem. O conceito, em voga nas Nações Unidas, reúne nove segmentos da sociedade civil – negócios, crianças e jovens, fazendeiros, comunidades indígenas, governos locais, ONGs, cientistas, mulheres, trabalhadores e sindicatos – e é a intenção do governo trazê-los o máximo possível para as decisões da conferência. Na edição de 1992, os governos se encontraram na Riocentro, e a sociedade civil no Parque do Flamengo. Eram dois mundos separados. A arquitetura proposta agora é diferente.
Segundo ele, na Rio+20, “pela primeira vez em uma conferência das Nações Unidas, a sociedade civil terá vários locais diferentes para se reunir”. A sugestão é oferecer, na Barra da Tijuca, o Parque dos Atletas (a antiga Cidade do Rock) para os governos nacionais e locais erguerem pavilhões e estandes. O Circuito de Jacarepaguá é uma área extensa que está disponível para a sociedade civil – grupos indígenas estão estudando construir uma grande oca lá e além disso há empresas avaliando se é o caso de se usar parte desse local de 550.000 m2. Ele está alugado para a Barra Arena (HSBC Arena), um moderno ginásio com capacidade para 18.000 pessoas.
Áreas no centro do Rio são mais uma opção para os eventos da sociedade civil. Aguiar cita a região ao redor do Museu de Arte Moderna (MAM) e o Monumento aos Mortos da Segunda Guerra Mundial. O Viva Rio, com capacidade para 2.000 pessoas, seria outra área para seminários e reuniões. “Em 92, todo o Parque do Flamengo foi usado, o que não pode ser feito agora”, diz ele, lembrando que na ocasião a grama foi toda destruída. A região, sem contar os gramados, é a área favorita das ONGs e dos movimentos sociais. Aguiar diz que se faltar espaço, o Parque da Quinta da Boa Vista serviria como um tipo de “área de reserva”.
Para acelerar os contratos, a organização da Rio+20 preparou uma força-tarefa com o Programa de Desenvolvimento das Nações Unidas (UNDP). O UNDP pode ser mais rápido para contratar, simplificar contraltos e escolher fornecedores não somente pelo critério do menor preço, mas também considera outras variáveis como, por exemplo, a qualidade. A licitação para escolher a empresa que cuidará dos alojamentos e viagens para delegações oficiais foi decidida esta semana. “Mas as pessoas também vão precisar ficar em cidades próximas”, estima Aguiar. A rede hoteleira do Rio tem um máximo de 33.000 quartos, incluindo flats. Somente o número de inscritos oficiais está previsto para alcançar os 50.000. “Eles também terão que ficar nas casas das pessoas”, prevê.
A Rio+20 terá uma nova conectividade, acessibilidade e sustentabilidade, promete Aguiar. “Teremos o menor uso possível de papel e vamos aumentar o uso de novas tecnologias”, explica ele. O metrô será o primeiro metrô com mais de dez anos totalmente acessível. Geradores de biodiesel, copos de papel, coleta seletiva do lixo são alguns dos critérios de sustentabilidade adotados.
E o que é sustentabilidade?
Sustentabilidade é um termo usado para definir ações e atividades humanas que visam suprir as necessidades atuais dos seres humanos, sem comprometer o futuro das próximas gerações. Ou seja, assustentabilidade está diretamente relacionada ao desenvolvimento econômico e material sem agredir o meio ambiente, usando os recursos naturais de forma inteligente para que eles se mantenham no futuro. Seguindo estes parâmetros, a humanidade pode garantir o desenvolvimento sustentável.
Ações relacionadas a sustentabilidade
- Exploração dos recursos vegetais de florestas e matas de forma controlada, garantindo o replantio sempre que necessário.
- Preservação total de áreas verdes não destinadas a exploração econômica.
- Ações que visem o incentivo a produção e consumo de alimentos orgânicos, pois estes não agridem a natureza além de serem benéficos à saúde dos seres humanos;
- Exploração dos recursos minerais (petróleo, carvão, minérios) de forma controlada, racionalizada e com planejamento.
- Uso de fontes de energia limpas e renováveis (eólica, geotérmica e hidráulica) para diminuir o consumo de combustíveis fósseis. Esta ação, além de preservar as reservas de recursos minerais, visa diminuir a poluição do ar.
- Criação de atitudes pessoais e empresarias voltadas para a reciclagem de resíduos sólidos. Esta ação além de gerar renda e diminuir a quantidade de lixo no solo, possibilita a diminuição da retirada de recursos minerais do solo.
- Desenvolvimento da gestão sustentável nas empresas para diminuir o desperdício de matéria-prima e desenvolvimento de produtos com baixo consumo de energia.
- Atitudes voltadas para o consumo controlado de água, evitando ao máximo o desperdício. Adoção de medidas que visem a não poluição dos recursos hídricos, assim como a despoluição daqueles que se encontram poluídos ou contaminados.
Benefícios
A adoção de ações de sustentabilidade garantem a médio e longo prazo um planeta em boas condições para o desenvolvimento das diversas formas de vida, inclusive a humana. Garante os recursos naturais necessários para as próximas gerações, possibilitando a manutenção dos recursos naturais (florestas, matas, rios, lagos, oceanos) e garantindo uma boa qualidade de vida para as futuras gerações.
Vamos pesquisar o que é isso?
"Durante dez dias, o Rio será o centro do mundo”, diz o diplomata Laudemar Aguiar, responsável pela logística da Conferência das Nações Unidas sobre o Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20. O Governo Brasileiro quer que o evento a ser realizado em junho seja a maior conferência da história das Nações Unidas, superando a Cúpula de Copenhague de 2009 em número de participantes. Aguiar prevê a presença de 150 Chefes de Estado e um total de 50.000 visitantes, incluindo diplomatas, jornalistas, empresários, políticos e ativistas ambientais.
Praticamente não há mais vagas nas 30 redes hoteleiras do Rio para as datas da Conferência. Hotéis como o Sheraton em São Conrado e o Copacabana Palace já estão com 100% de seus quartos reservados para os Chefes de Estados e suas comitivas. Estima-se que cerca de 10.000 pessoas irão acampar em tendas, mas não no Parque do Flamengo, como na Rio92, que ficou com a grama destruída. O plano inclui um acampamento com 5.000 jovens, com 2.000 camponeses e dois espaços com 800 e 1.000 nativos indígenas.
A logística da Rio+20 prevê um evento sem precedentes na história das Nações Unidas
“É necessário entender que durante dez dias o Rio de Janeiro será as Nações Unidas”, diz o Diplomata Laudemar Aguiar, de 50 anos, nascido em Niterói e responsável por toda a logística no que o Governo brasileiro quer que seja “a maior conferência na história das Nações Unidas”. Ele está trabalhando com números grandes: 150 Chefes de Estado e de Governo, 50.000 diplomatas, jornalistas, empresários, políticos e ativistas ambientais e demais pessoas com autorização para circular no Riocentro, onde a cúpula das Nações Unidas será realizada em junho. E dezenas de milhares de pessoas – um número ainda mais difícil de estimar – que participarão dos eventos marcados pela sociedade civil no Parque do Flamengo, no centro da cidade e na Barra da Tijuca. “O Rio será o centro do mundo”, comemora ele.
Mas para que essa mega-operação seja mesmo tão superlativa, não basta a vontade do Governo. O conteúdo da Conferência das Nações Unidas sobre o Desenvolvimento Sustentável (o nome formal da Rio+20) determina seu papel político e a importância dos líderes que virão. Na famosa conferência sobre o clima realizada em dezembro de 2009 em Copenhague, foram inscritas 47.000 pessoas e 120 líderes – 40 dos quais confirmaram sua presença somente dois dias antes do evento, quando o Presidente Barack Obama finalmente disse que participaria. Mas Copenhague não teve muito efeito e o evento seguinte, em Cancun, no México, sofreu com isso – foram inscritos 20.000 pessoas e somente 22 líderes mundiais.
A Rio+20 é parte de outra família de conferências das Nações Unidas, que discutem como o planeta quer se desenvolver, iniciadas 20 anos atrás com a Rio92 e que tiveram outra edição de peso em Johanesburgo, na África do Sul, dez anos atrás. Será um importante debate sobre o desenvolvimento econômico com seu alcance econômico, ambiental e social, com um fundo de redução da pobreza e “economia verde”, um conceito que pressupõe o uso de tecnologias limpas. Mas não produzirá qualquer convenção, como na conferência original, na qual dois importantes acordos ambientais da atualidade foram assinados: a convenção do clima e a convenção da biodiversidade.
Para a Rio92 estiveram presentes 109 líderes e mais de 30.000 pessoas visitaram o evento oficial, que também foi realizado no Riocentro. O conteúdo da Rio+20 é muito mais modesto e começa a ser debatido este mês em Nova York. O nível de ambição que será obtido em junho no Rio de Janeiro depende das negociações até lá, da direção da campanha eleitoral dos Estados Unidos e da crise econômica global.
O trabalho de Laudemar Aguiar não pode esperar. “Em 5 de junho entregaremos as chaves do Riocentro para as Nações Unidas. A bandeira será içada e ele se torna território da ONU. O Rio se torna Nova York”, diz eles, referindo-se à sede das Nações Unidas.
O desafio desse diplomata, que foi Ministro Conselheiro da Embaixada Brasileira em Paris até receber o convite para ser o responsável pela logística da Rio+20, está organizando a festa sem saber quanto convidados virão – e mesmo se eles virão. “Trabalhamos com estimativas históricas, mas sempre com espaço para crescimento”, conta. “O que não pode acontecer é se preparar para receber dez e chegarem 20”.
O orçamento aprovado pelo Congresso para a conferência em 15 de dezembro é de R$ 430 milhões. Deles, R$ 230 milhões vão para a segurança e R$ 190 milhões para a logística. O aluguel de espaço acrescenta R$ 30 milhões. “Tudo será transparente, e todas as despesas serão comprovadas”, disse Aguiar, Secretário Geral da Organização Nacional da Rio+20. “Há uma tremenda interação”, garante, citando o trabalho em conjunto com a Prefeitura e o Governo Estadual do Rio.
Um dos marcos desejados pela Rio+20 é ser uma conferência com “o máximo possível de participação da sociedade civil”, diz Aguiar, repetindo o mantra que foi dito pelo governo. “Discutiremos o que será do planeta.” O documento elaborado na Rio+20 será aprovado entre governos, mas queremos ter o máximo de sugestões e informações de todos os setores da sociedade”.
O desafio de logística é fazer dos deslocamentos pelo Rio de Janeiro o melhor possível – vários planos de fluxo de tráfico foram analisados – reduzindo a distância entre o Riocentro, na Barra da Tijuca, com o resto da cidade. Por isso, inicialmente, a conferência seria na área do porto. Tudo – o evento oficial e todos os paralelos – se concentrariam nessa região. A iniciativa precisaria de um grande trabalho de revitalização da área, um legado para a cidade. As docas eram, portanto, a escolha da Prefeitura, mas isso não deu certo. “Por muitas razões, logística, segurança, infraestrutura e também os custos”, explica Aguiar. Mas a mudança para o Riocentro, na minha opinião, nos fez trocar dez problemas por um: o grande problema da Barra é o acesso. Vamos fazer um grande trabalho voltado ao transporte”, promete ele.
Uma grande diferença entre a Rio+20 e a Rio92 é a prioridade que os assim chamados “major groups” agora possuem. O conceito, em voga nas Nações Unidas, reúne nove segmentos da sociedade civil – negócios, crianças e jovens, fazendeiros, comunidades indígenas, governos locais, ONGs, cientistas, mulheres, trabalhadores e sindicatos – e é a intenção do governo trazê-los o máximo possível para as decisões da conferência. Na edição de 1992, os governos se encontraram na Riocentro, e a sociedade civil no Parque do Flamengo. Eram dois mundos separados. A arquitetura proposta agora é diferente.
Segundo ele, na Rio+20, “pela primeira vez em uma conferência das Nações Unidas, a sociedade civil terá vários locais diferentes para se reunir”. A sugestão é oferecer, na Barra da Tijuca, o Parque dos Atletas (a antiga Cidade do Rock) para os governos nacionais e locais erguerem pavilhões e estandes. O Circuito de Jacarepaguá é uma área extensa que está disponível para a sociedade civil – grupos indígenas estão estudando construir uma grande oca lá e além disso há empresas avaliando se é o caso de se usar parte desse local de 550.000 m2. Ele está alugado para a Barra Arena (HSBC Arena), um moderno ginásio com capacidade para 18.000 pessoas.
Áreas no centro do Rio são mais uma opção para os eventos da sociedade civil. Aguiar cita a região ao redor do Museu de Arte Moderna (MAM) e o Monumento aos Mortos da Segunda Guerra Mundial. O Viva Rio, com capacidade para 2.000 pessoas, seria outra área para seminários e reuniões. “Em 92, todo o Parque do Flamengo foi usado, o que não pode ser feito agora”, diz ele, lembrando que na ocasião a grama foi toda destruída. A região, sem contar os gramados, é a área favorita das ONGs e dos movimentos sociais. Aguiar diz que se faltar espaço, o Parque da Quinta da Boa Vista serviria como um tipo de “área de reserva”.
Para acelerar os contratos, a organização da Rio+20 preparou uma força-tarefa com o Programa de Desenvolvimento das Nações Unidas (UNDP). O UNDP pode ser mais rápido para contratar, simplificar contraltos e escolher fornecedores não somente pelo critério do menor preço, mas também considera outras variáveis como, por exemplo, a qualidade. A licitação para escolher a empresa que cuidará dos alojamentos e viagens para delegações oficiais foi decidida esta semana. “Mas as pessoas também vão precisar ficar em cidades próximas”, estima Aguiar. A rede hoteleira do Rio tem um máximo de 33.000 quartos, incluindo flats. Somente o número de inscritos oficiais está previsto para alcançar os 50.000. “Eles também terão que ficar nas casas das pessoas”, prevê.
A Rio+20 terá uma nova conectividade, acessibilidade e sustentabilidade, promete Aguiar. “Teremos o menor uso possível de papel e vamos aumentar o uso de novas tecnologias”, explica ele. O metrô será o primeiro metrô com mais de dez anos totalmente acessível. Geradores de biodiesel, copos de papel, coleta seletiva do lixo são alguns dos critérios de sustentabilidade adotados.
E o que é sustentabilidade?
Sustentabilidade é um termo usado para definir ações e atividades humanas que visam suprir as necessidades atuais dos seres humanos, sem comprometer o futuro das próximas gerações. Ou seja, assustentabilidade está diretamente relacionada ao desenvolvimento econômico e material sem agredir o meio ambiente, usando os recursos naturais de forma inteligente para que eles se mantenham no futuro. Seguindo estes parâmetros, a humanidade pode garantir o desenvolvimento sustentável.
Ações relacionadas a sustentabilidade
- Exploração dos recursos vegetais de florestas e matas de forma controlada, garantindo o replantio sempre que necessário.
- Preservação total de áreas verdes não destinadas a exploração econômica.
- Ações que visem o incentivo a produção e consumo de alimentos orgânicos, pois estes não agridem a natureza além de serem benéficos à saúde dos seres humanos;
- Exploração dos recursos minerais (petróleo, carvão, minérios) de forma controlada, racionalizada e com planejamento.
- Uso de fontes de energia limpas e renováveis (eólica, geotérmica e hidráulica) para diminuir o consumo de combustíveis fósseis. Esta ação, além de preservar as reservas de recursos minerais, visa diminuir a poluição do ar.
- Criação de atitudes pessoais e empresarias voltadas para a reciclagem de resíduos sólidos. Esta ação além de gerar renda e diminuir a quantidade de lixo no solo, possibilita a diminuição da retirada de recursos minerais do solo.
- Desenvolvimento da gestão sustentável nas empresas para diminuir o desperdício de matéria-prima e desenvolvimento de produtos com baixo consumo de energia.
- Atitudes voltadas para o consumo controlado de água, evitando ao máximo o desperdício. Adoção de medidas que visem a não poluição dos recursos hídricos, assim como a despoluição daqueles que se encontram poluídos ou contaminados.
Benefícios
A adoção de ações de sustentabilidade garantem a médio e longo prazo um planeta em boas condições para o desenvolvimento das diversas formas de vida, inclusive a humana. Garante os recursos naturais necessários para as próximas gerações, possibilitando a manutenção dos recursos naturais (florestas, matas, rios, lagos, oceanos) e garantindo uma boa qualidade de vida para as futuras gerações.